Lua derramada
A lua se joga pelas frestas
Empurrando poesia nas noites de vinho
Nos quartos armados e fálicos
Contorna as arvores que beijam o céu
Lua preguiçosa, ardente, sensual
Que derrete derramando-se em namorados magoados
Em carros de cachorro quente
Nos garis das madrugadas
Em bêbados vencidos
Nos moribundos de hospitais
Lua, que às vezes, some nas núvens distraídas
Que tiram desse povo
O calor amoroso da Lua