Sub.traindo
E eu fazia o que sabia:
Cuidar de mim descuidando o outro, mesmo que fosse pouco
Mentir pra me dar bem
Botando tudo pra dentro
Sabe como é…
Todo mundo faz assim
Nem tinha idéia de como era
tudo o que se espera de alguém
Nem. eu tinha a idéia de como era
Encontrar um lugar
pra perder meus dias inteiros
E falir o dono do bar
Nem tinha a idéia de como era
Pagar as contas em dia
Sem nota falsa ou roubada
Nem tinha idéia de como era
Pagar as contas;
Eu devia em todo lugar
Talvez eu tenha substituído
Talvez eu tenha
Pago as contas
Uma vez por mês
Era a primeira vez
que eu não ia
Era a primeira vez sem
Eu me lembro de como eram essas coisas:
As coisas se tornaram constrangedoras
As coisas se tornaram assustadoras
As coisas se tornaram coisas
Eu tenho medo
Eu sou dependente
(E eu nem sei usar essas palavras)
Eu tenho medo
Uma cerveja
antes do almoço
pra ficar pensando melhor
Em vez de vinte
Cinqüenta
100
O salário do mês
Fazer as mesmas coisas
São, sóbrio e prepotente
Parecia sempre ser
a primeira vez
Era difícil passar pela mesma cabeça
Encarar o bolso, meter a mão no vizinho, engolir a carteira e guardar o bar
Eu vou lá
Eu não consigo imaginar
tudo aquilo de novo
E agora
eu não tenho mais um
Eu quebrei o copo
A garrafa
A sala
A casa toda
Tenho que lidar com outros
Problemas...
Qualquer coisa é um problema
Agora que eu sei
Só conhecia soluções
Cheias até a boca
E engolia todos os dias
Eu nem me importava mais com o que eu engolia
Se sarasse
Se pagasse
Se durasse
Se eu tentasse
Se eu vivesse
Se eu jurasse...
Tudo o que eu disse
até hoje
Tudo o que fiz
Nem tudo o que eu sou
O que eu sou?
Mas que confusão
Mas que confissão
Quem disse que eu não sou?
Seguro o copo com as duas mãos!
Abre a porta da sala
A cadeira é sua
E não saia mais de lá
Quem disse que eu não sou?
Seguro o copo com as duas mãos