Vazio
Vazio é a sensação que invade a alma quando o silêncio se revela como a única postura para se suportar o desamor.
Vazio é planta que perdeu as flores, rios ressequidos sem vida, estradas plenas de espinhos, a solidão no caminho.
Vazios são os sorrisos que com o tempo se desbotam, os abraços que partem, a canção sem sentido, a lua triste, minguante.
Vazias são as ânforas da esperança, que o tempo sem piedade transforma em toscos cacos, é a chama que se apaga, é viver por quase nada.
Vazia é a colmeia abandonada, borboletas sufocadas na morte que ronda os casulos, a frieza da ingratidão, o descarte de paixão.
Vazia é a alegria contida nas muitas máscaras de plástico, no brilho da purpurina que adorna a bailarina, é a perda da inocência de muitas pobres meninas.
Vazio é o amor inexistente, cansaço que maltrata, desânimo que desfigura a mais bela criatura, ramalhetes de flores mortas deixados em muitas portas.
Vazios são os corações abandonados que vivem por serem teimosos, rios de lágrimas que transbordam, sem jamais encontrar o mar.
Vazias são as horas compridas das silenciosas madrugadas, é de repente não se dar valor a nada, e o tempo simplesmente congela para reviver as distantes lembranças, resquícios de felicidade.
Vazio é o porta-retratos dos sonhos que ganha asas de repente, parte sem se despedir, sem tempo para voltar.
Vazio é a degradação das crenças, a indiferença aos aplausos, é ser singular nada mais, na pluralidade da vida, sementes de desalinhos nas linhas do existir....
Ana Stoppa
Vazio é a sensação que invade a alma quando o silêncio se revela como a única postura para se suportar o desamor.
Vazio é planta que perdeu as flores, rios ressequidos sem vida, estradas plenas de espinhos, a solidão no caminho.
Vazios são os sorrisos que com o tempo se desbotam, os abraços que partem, a canção sem sentido, a lua triste, minguante.
Vazias são as ânforas da esperança, que o tempo sem piedade transforma em toscos cacos, é a chama que se apaga, é viver por quase nada.
Vazia é a colmeia abandonada, borboletas sufocadas na morte que ronda os casulos, a frieza da ingratidão, o descarte de paixão.
Vazia é a alegria contida nas muitas máscaras de plástico, no brilho da purpurina que adorna a bailarina, é a perda da inocência de muitas pobres meninas.
Vazio é o amor inexistente, cansaço que maltrata, desânimo que desfigura a mais bela criatura, ramalhetes de flores mortas deixados em muitas portas.
Vazios são os corações abandonados que vivem por serem teimosos, rios de lágrimas que transbordam, sem jamais encontrar o mar.
Vazias são as horas compridas das silenciosas madrugadas, é de repente não se dar valor a nada, e o tempo simplesmente congela para reviver as distantes lembranças, resquícios de felicidade.
Vazio é o porta-retratos dos sonhos que ganha asas de repente, parte sem se despedir, sem tempo para voltar.
Vazio é a degradação das crenças, a indiferença aos aplausos, é ser singular nada mais, na pluralidade da vida, sementes de desalinhos nas linhas do existir....
Ana Stoppa