Antídoto da paz

Onde há súditos

Cerceiam-se as leis

Onde há reis

Não se permitem indultos.

Onde não há liberdade

Planta-se o fruto do luto

Cultiva-se a insensatez

Inocenta-se a insanidade

E permite-se o insulto

Pro óbito da honradez.

Onde existe o servil

Abominam-se as regras

Virtudes e costumes

Só se concedem à elite

À luz da verdade

Quase tudo se nega

Pobreza

É sinônimo de praga

Ladravaz

É sócio do Brasil.

Onde se licencia extorsão

O Direito indefere o certo

A razão, subproduto, objeto

Do veto da contravenção

E liberdade não tem parceria.

Onde há ditadura

A felicidade é impura e fria

Viver é projeto de contravenção

Ser feliz é um risco sem cura

De ser objeto dos sócios desta nação

Onde há ditadura

A dignidade é tão cara

Na cara do cidadão

Aqui, essa coisa não para

Sua prática é tão rara

Mas no homem de índole

Seu sonho não cala

Sua fala e voz

Abastecem os faróis da razão.

Edmilson Silva

Palmares-PE

04.07.2016

EdSilva
Enviado por EdSilva em 13/07/2016
Reeditado em 03/12/2021
Código do texto: T5696065
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