A VOLÚPIA DO AMOR
A VOLÚPIA DO AMOR
Desnorteado, procurou o mar
A volúpia de suas ondas
Levava o homem a amar!
Permeava sem delongas
O vozeirão do mar a soar
O ser à cata de conchas redondas
Águas frias seus pés a lavar
Gritar forte e embrutecido.
Sem dores a sentir,
Porém, o sentido,
Era correr e auferir.
O abraço de uma donzela
Com afagos de porvir
Brilhava como aquarela
Corpo ofegante a colorir
Mente a admirar a bela
Desejando gargalhar e sorrir
Fruto das carícias ofegantes
Dos abraços delirantes
Dos gemidos dulcificantes
De dois eternos amantes
Num clima de amor espumante
Ao som das ondas relutantes
Ouviam os gemidos recalcitrantes
De êxtases emocionantes,
Ao gozo descomunal e estafante.
O amor explode vertendo perfumes
De amores soltos no ar refrescante
De energias encantadoras que enseja
Ao coração, batidas benfazejas.
Doces com mel com cerejas.
As flores que caem do céu eternizam
Os escaninhos, os frutos do amor brilham.
Os corpos inebriados se eternizam.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/CEARÁ