QUAL É A VERDADE DO POETA? SARAU II
Ninguém sabe, talvez nem ele mesmo saiba. Ele pode ser triste ou estar triste, amargo e rancoroso e revelar-se alegre e jovial, sua poesia ser sobre alegria, sobre tudo que ele não é. Seus versos podem ser lindos e harmoniosos e no seu íntimo ser uma pessoa por natureza tristonha, desolada, derrotada. A outra face, também é verdadeira, o poeta pode ser jovem, sadio, de bem com a vida e sua poesia, seus poemas, seus versos serem tristes e melancólicos, de natureza lúgubre ou soturna.
O poeta nunca deixa a peteca cair, ele jamais cai, se equilibra, vence e sai prazeroso, vencedor, independente de seu estado de espírito.
O poeta transforma dias frios e chuvosos em dias de sol, com calor, um clima do jeito que ele prefere ou prefira.
Suas noites são sempre claras, enluaradas e estreladas e ele embora não saiba uma nota musical, sua poesia é uma linda melodia e, também não saiba tocar ele canta, com sua lira para a lua. Ele nasceu com o dom de transformar coisas simples e singelas em coisas espetaculares e lindas.
Para o poeta tudo pode ser precioso e maravilhoso, basta ele querer e transcrever num papel , com seus lindos versos e bem elaborados e, descrever toda a beleza e a formosura que o objeto ou qualquer situação tenha, embora não tenha.
E, isso é a simbologia e a beleza dos versos e da poesia, de transformação, de enlevação de um bem comum em algo sem expressão, em belo, precioso maior, melhor e grandioso.
Viva o poeta, viva a poesia, vivam seus versos, viva a música, a poesia é música, e a música é poesia. A poesia é harmonia, a poesia é sinfonia. Viva a harmonia, viva a sinfonia.
A sinfonia do mundo, a sinfonia da vida.
Esta é a segunda prosa poética do Sarau Poético, do qual fui convidado pelo Poeta Dom Rodrigo, que aceitei de muito bom grado e o agradeço muito pela deferência.