O MANTO DA NOITE
O MANTO DA NOITE
Noite bondoso é seu manto
Quebram o seu silêncio
Com carrosséis de arbitrariedades
Não inconsciente abraças os doentes
Nos hospitais e nos cárceres
Moribundos sem esperanças
Criminosos abomináveis
E inocentes sem fianças.
Chora a mãe em ver seu filho numa cela fria
A lei e cega no câncer a ser decepado
Noite não tenha piedade dos imundos
Dentro de hotel tão imundo quanto eles
Prostituindo nossas crianças que são anjos.
SIRENES ABERTAS!
É mais um corpo identificado...
São tantos indigentes brotam nas macas
Como sementes, suicídios dos angustiados
Sangue das traições eles não nunca olharam
Para as suas estrelas, não há como tapar o sol
Com a peneira temos que botar pra fora essa
Devassidão para nos limparmos um pouco.