Coisa de poeta
-O sol sempre brilha...
-A lua sempre clareia...
-A Chuva sempre molha...
-Tudo que está vivo morre...
Sei não onde você vive,
Mas em muitos dias nem se pode ver o sol,
Tantas são as densas nuvens, no céu ou nos olhos...
A lua, por aqui e em muitos lugares, às vezes faz a graça de nem dar as caras... A gente nem imagina aonde ela foi parar.
Estranho, mas a chuva muitas vezes é levada pelo vento e nem toca no chão; não no que vejo e muitos outros mais...
Enquanto houver um pensamento sobre o que viveu, e seja lá o que for, jamais morrerá.
Ainda bem que existem poetas, se não existissem, coisa lógica que seria um amanhecer.
Mas poetas sabem que não há nada de lógico no sol brilhar apenas por causa de um sorriso esperado ou inesperado.
Como também, no negror de uma noite, uns certos olhos verem a claridade por causa de outro olhar, enquanto a chuva encharca roupas e sexos molhados, sobre lápides que adornam a ante-sala do paraíso...