INQUIETO
Empunho altivo na rua e na praça
O lábaro tão sagrado da esperança.
Ávido por meus direitos vou à caça
Esperando a ensejada hora da mudança.
Sai-me um brado forte da garganta
A lutar contra o desdém e a desesperança.
Venho para incomodar, protestar, bradar;
Reivindicar é minha taça, minha herança.
Não desejo esperança sem progresso,
Prossigo sempre e peço, uma constância!
Ativo, inabalável e vigilante regresso
Feito alguém que persiste, não se cansa.
Vivo agitação constante e sentimento inquieto
Minha voz não se embarga e nem descansa!
Vou palmear sentidos num coração irrequieto,
Se cansado esteja sou guerreiro a segurar sua lança.