Desafio-me fechar a porta para esta disputa
Mesmo sobrevivendo argumentos dos mais elevados. Não, não quero isto, nem aquele outro com status de “honra ao mérito” do “Oba! consegui ser feliz." São trambolhos repentinos que só fazem disfarçar as horas, enrolar-me nesta oportunidade do ser no agora. Não irei, fico olhando para a mala, felicidade prometida a ser transportada. Imprestável! Olho lá longe! tem algo aqui que me mantém conectada à expectativa de alcançá-la. Seria o desejo?
Não negaria que mesmo não querendo sou influenciada pela exposição na vitrine, aguçando o desejo: do carro, da casa, da roupa, das garantidas oferecidas pela moeda,até que brinco com as possibilidades. Expectativas traiçoeiras, quando supridas tornam cruéis pelos exageros dos acúmulos, cargas que nunca retribuíram em significação, somente exteriorização irreal da mentira, produtos baratos hábeis a convencerem o despreparado, desestimulando ou estimulando-o participar da nefasta corrida. Bestialidade pura. Ela não estará lá, ao final.
Não farei carreira, rasgo o diploma, fecho a cortina, desafiarei a mim mesma de mesmo apropriando dos “brinquedinhos”, não ser ludibriada pela lábia medíocre de que a conquista dela é possível por aí. Como madrugada prestes ao nascer do sol, do escuro esperarei o dia do natural do não querer ter para ser F E L I Z.
Rio do cômico que se apresenta, tudo para, ao final, sobrar rugas, o alvo dos cabelos, o mofo das coisas dos anos que se passaram. Patifaria pura.
Que bandido esconde tua verdadeira face? Ó ideologia preparada! Não quero mais ficar como cachorro perdido em caminhão de mudança desafiada cumprir a cartilha do momento, o roteiro estabelecido para assim chegar, nela. Besteira pura, mexido de carne podre, irei sim, seguirei se decidir pela contramão, sairei de sapato gasto ou pousar de rainha, serei a própria designer do ter....um dia...quem sabe acordarei por completo...do jeans desbotado pelas lavagens até o rasgo, terá meu respeito por isso.
Vê se pode! fazer carreira nos anos, concorrer “ÀQUELE” lugar ao sol, preservar o montante para o pior dia e depois. Puft. Há não! fábula mais cômica sem marcas de riso não existe.
Ser feliz, e estar em felicidade...na intimidade enterrarei a esperança de tê-la. Chegarei na lucidez , acredito, se conseguir desarmar-me pela abertura interior à capacidade de me amar, bastar-me pelo simples fato de ser, assumir todos os cantos daqui dentro, concedendo permissão a quem interessar partilhar comigo o que tiver disponível.
Que fique pra lá o inatingível, a fórmula do outro que não encaixa na minha, não adaptarei meu “Eu” à esgrima que engole meu tempo, minha energia, meu encanto.