O TOLO DESTEMIDO

Você diz que a colina é muito íngreme para escalar, e você vem reprimindo; mas diz que gostaria de ver pelo menos tentar; você decide a hora, ele o lugar.

E ele escalará!

A colina e seu ar rarefeito; seu coração de esperança nunca se cansa

Não tem jeito!

Só quer você por perto, na verdade dentro do peito.

Só pede que espere um pouco, pelo momento mais certo

Subindo...e cumprirá!

A escalada a cada fase; olha pra cima e escuta frases

Quando você lhe coloca defeitos e segredos que nem mesmo saberá.

Ainda mais se incumbindo, destemido, o tolo enfrenta sua sina, que apesar do mau jeito, ele nunca desanima.

Eis que surge lá em cima, ante o brilho dos seus olhos, bem no fundo da retina...

Ele te enxergará!

E aí você vem arguindo:

_Quem és tú, oh tolo que escala minha colina?

E ordena que ele desça!

Ou ali o seu destino se sucumbirá.

E diz que do seu modo, seu caminho determina.

Novamente, você vem lhe reprimindo.

Mas como aquele dia é o dia certo e nunca esteve tão perto

Ele não desistirá!

E você surge no caminho, de pavor da multidão, perde o medo e se aproxima

E lhe acena com a mão; ele, feliz pelo ensejo...

Enfim te encontrará!

Embora machucado e sozinho, manter-se-a sorrindo.

E você lhe toma pelos braços e lhe diz: Bem-vindo!

Recompensando com um beijo

Por tudo que enfrentará

E o quanto somos capazes

Olha para baixo e escuta frases

E o quanto será perfeito

As pessoas aplaudindo...

A colina que escalará

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 30/06/2016
Reeditado em 14/11/2019
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