A NINO ROTA: ESSES SÉCULOS
Ah! Esses séculos que se desenrolam em enredos complexos alheios a nossa vontade;
A revelarem-se como prelúdios de sombras e destruição, perda da inocência original, de sentido, de tudo que é caro ao homem;
Séculos regados a ossos e sangue sob o topo elevado dos panópticos reais e imaginários;
Da existência moldada pelo aço, cercas de arames farpados, controles de toda espécie, de desesperança, encontros desencontros, da internet, que nos aproxima e nos isola como mônadas como a cara desolada de um refugiado sírio sob o olhar petrificado e seco do europeu;
Ah! Esses dias enfadonhos, onde somente os sonhos apontam para algum horizonte além da desesperança,
Num desenrolar frenético de mecanismos precisos e da falsa aparência de que tudo é movimento e que se vive a cada segundo.
Onde a música insiste em pulsar nalgum lugar onde o sublime, só o sublime tem lugar através das confissões e asas da imaginação e sob o olhar de Titta;
através destas reminiscências sonoras;
Ah! Esses séculos que pulsam sob o ritmo de marchas militares e armas automáticas e a passos de ganso, deportações, balas perdida saída de alguma favela do Rio de Janeiro ou da Faixa de Gaza; atentados suicidas em Londres, Madrid, Paris onde o sangue das vitimas jorra;
Ah esses séculos e seus avanços prodigiosos, aço, estruturas a mil e cego nos tornou e as tecnologias cada vez mais transparentes;
Ah esses séculos, séculos a fio, de marchas e contramarchas, do caldeirão caótico da história;
Da infecção dos sistemas biológicos e cibernéticos
Do medo e da covardia, medo da doença, degeneração e da morte, medo de ir à esquina e ser assaltado, medo do outro, medo de si mesmo.
Da coca, Rivotril, Tanal, Moderex da engenharia social.
Ah esses séculos mal alinhavados onde sua delicada colcha de retalho se desfaz em pedaços.
Do frenesi, terror coletivo, do horror como espetáculo,
Ah! Esses séculos diabólicos salvos pela música de Nino Rota (Una perfetta traduzione in musica della dolce vita! doce, vida!evoca bel Le cose,bel Le cose!
Onírico e fantástico l'insieme del film e, consequentemente, anche la colonna sonora. Fa entrare nell'atmosfera rarefatta, leggera e nostalgica della vicenda. Impareggiabili...sensazioni e cultura dello spettacolo che nemmeno sogniamo più...!!)
Ah esses séculos com seus anjos e demônios
Ah esses séculos que só a música de Nino Rota nos conduz até o céu;
Onde um louco grita " Só a arte salva, só a arte salva!",
Por entre esses séculos e séculos amém!
Ah! Esses séculos que se desenrolam em enredos complexos alheios a nossa vontade;
A revelarem-se como prelúdios de sombras e destruição, perda da inocência original, de sentido, de tudo que é caro ao homem;
Séculos regados a ossos e sangue sob o topo elevado dos panópticos reais e imaginários;
Da existência moldada pelo aço, cercas de arames farpados, controles de toda espécie, de desesperança, encontros desencontros, da internet, que nos aproxima e nos isola como mônadas como a cara desolada de um refugiado sírio sob o olhar petrificado e seco do europeu;
Ah! Esses dias enfadonhos, onde somente os sonhos apontam para algum horizonte além da desesperança,
Num desenrolar frenético de mecanismos precisos e da falsa aparência de que tudo é movimento e que se vive a cada segundo.
Onde a música insiste em pulsar nalgum lugar onde o sublime, só o sublime tem lugar através das confissões e asas da imaginação e sob o olhar de Titta;
através destas reminiscências sonoras;
Ah! Esses séculos que pulsam sob o ritmo de marchas militares e armas automáticas e a passos de ganso, deportações, balas perdida saída de alguma favela do Rio de Janeiro ou da Faixa de Gaza; atentados suicidas em Londres, Madrid, Paris onde o sangue das vitimas jorra;
Ah esses séculos e seus avanços prodigiosos, aço, estruturas a mil e cego nos tornou e as tecnologias cada vez mais transparentes;
Ah esses séculos, séculos a fio, de marchas e contramarchas, do caldeirão caótico da história;
Da infecção dos sistemas biológicos e cibernéticos
Do medo e da covardia, medo da doença, degeneração e da morte, medo de ir à esquina e ser assaltado, medo do outro, medo de si mesmo.
Da coca, Rivotril, Tanal, Moderex da engenharia social.
Ah esses séculos mal alinhavados onde sua delicada colcha de retalho se desfaz em pedaços.
Do frenesi, terror coletivo, do horror como espetáculo,
Ah! Esses séculos diabólicos salvos pela música de Nino Rota (Una perfetta traduzione in musica della dolce vita! doce, vida!evoca bel Le cose,bel Le cose!
Onírico e fantástico l'insieme del film e, consequentemente, anche la colonna sonora. Fa entrare nell'atmosfera rarefatta, leggera e nostalgica della vicenda. Impareggiabili...sensazioni e cultura dello spettacolo che nemmeno sogniamo più...!!)
Ah esses séculos com seus anjos e demônios
Ah esses séculos que só a música de Nino Rota nos conduz até o céu;
Onde um louco grita " Só a arte salva, só a arte salva!",
Por entre esses séculos e séculos amém!