Alquimia do Fogo 13

Realização seria isto? Como chegar ao cume da montanha e não querer ir mais? acomodar-se no olhar do conquistado pela inteligência aplicada, e orgulhar-se? Não foi isto a satisfação que apoderou da moça...Sem nome o sentido!O tiro saiu pela culatra, caiu no limbo dos que jogaram a toalha para os porquês. Que nada! Festejar mesmo depois das frustrações, rir dos recomeços fracassados nas tentativas no novo perfil, a de sabichona nas artimanhas do bom viver. Foi a surpresa!

Nesta seara não encontrou nada garantido, aquilo da qual nos fez gente não revela qual é a graça, trás somente o desafio, viver ou viver, levantar andando e deitar aleijado, de corpo ou de fala? Não há “previsão contratual” de seguro contra riscos na viagem. Mas existe uma cláusula aberta, considerada “pétrea”, em caráter de irrevogabilidade e vitaliciedade, facultando ao peregrino usar todos os meios, humanamente possíveis e impossíveis para encontrar alguma significação aqui, isto sim foi a joia sem preço que resgatou, assumindo a titularidade... noutros tempos era sacrilégio. Mesmo que seja ao final das aventuras terrenas restar somente o saciar com a audição do próprio riso da ironia evidenciada nos resultados, muitas vezes vista somente pelo protagonista principal, torna festa.

E foi assim! As armadilhas não acabaram, surgiram novas pestes sutilizadas do velho ego fragmento, ele não desapareceu, somente foi dispensado para a viagem na ótica do que pode ser a alma do mundo. Apareceram como folhinhas inocentes, depois deram forma, quando seguia no sentimento do ideal da promoção da paz e doar ao outro um pouco da ideia do que concluiu, que podemos ser os autores da construção da nossa casa interior,saia da situação como pretendente que recebeu o “fora” da admiradora, ou ainda, na intenção do não fazer, extravasava pelos poros seu estado de espírito tocando o outro a mensagem interna de bem estar.Passou perceber a metamorfose pulsante que era, inconstante, imprevisível nas ciscunstâncias, para si e o entorno. Contudo, o papel de observadora foi a maior das conquistas, ver-se, poder refazer-se...

Agraciada fora ser dignificada pela consciência incontestável de que o melhor é deixar permanentemente à disposição a personalidade e o caráter para refazimento, como roupa limpa que trocamos todos os dias ao tomar banho, sem olhar para trás tentando aproveitar aquilo que não deu certo, contudo, podendo olhar pelo retrovisor a título de experiência.

Sair para o limpo foi conduta policiada em cada interação com os irmãos-amigos de caminhada, mantendo sua espontaneidade no agir, interagir, fazer, falar, e conhecer, sempre na posição de partilha, não sobrepondo às concepções alheias, esse é o sino que toca ; sabedora que cada um pode ser seu próprio mestre e professor. Ajuda passou ter a conotação do oferecer-se sem pretensão de tentar refutar as potências inatas do outros, de poder jogar tudo fora, e seguir.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 24/06/2016
Reeditado em 08/10/2016
Código do texto: T5677507
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