Poema Da Alma Errante

Poema da Alma Errante

Não sei o porque,mas ao te rever,

minha alma navegante se tornou errante,

ao singrar os mares da emoção...

Viajou por lembranças e visitou portos

nos quais já estivemos como ilustres viajores...

Hoje eu não me atrevia a ser o capitão,

mas um mero marujo travestido de imediato

E recusei-me,talvez por receio de não ser bem recebido,

á fitar-te com outrora,bela e altaneira que és,

Mas não me dei por satisfeito,

pois que me arde no peito os sentimentos de outrora...

Que acompanham-me diuturnamente,povoando-me a mente,

desde o anoitecer nas noites de insana insônia,

alcançando o desligar das estrelas e da lua prateada,

dando lugar ao soberano sol,no romper da aurora...

Os sonhares me atormentam a alma ferida,

As acusações que me são os pensares

Como sendo o Verdugo sobre todos os meus atos,

Fazem-me ser torturado e acovardado,

enjaulando-me nas masmorras das incertezas,

E mesmo fitando a sua rara beleza...

Eu não me sinto autorizado,á abraçar-te

e sentir esse doce calor do abraço,

que me faz bem como um laço mágico

E se realizado faz que me conforte o coração...

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Foto de Dely Thadeu Damaceno.