faxina
é dia de limpeza.
um banho de guiné na poesia.
letras varridas com sal,
palavras enxaguadas no tanque,
versinho cheirando a pinho.
lá fora, um cisco, um pó denso,
trazido pela ventania de metáforas,
que eu abra a porta do olho espera.
nada me move ou me apraz por ora,
hoje quero o instinto das feras.