faxina

é dia de limpeza.

um banho de guiné na poesia.

letras varridas com sal,

palavras enxaguadas no tanque,

versinho cheirando a pinho.

lá fora, um cisco, um pó denso,

trazido pela ventania de metáforas,

que eu abra a porta do olho espera.

nada me move ou me apraz por ora,

hoje quero o instinto das feras.

Fábio Gondim
Enviado por Fábio Gondim em 21/06/2016
Código do texto: T5674170
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