O Branco-escuro
A outra face do branco
do papel branco agora já borrado
O fundo que não é mais fundo
da escuridão do fundo um mundo, um som
do som brota a sensatez do branco
e mais uma vez do branco a harmonização da luz
Volta o papel branco
A luz do fundo que outrora era som
agora é luz que reluz o branco
numa "brancura" sem melancolia, sem frescuras
Luz? Sol? Estrelas? Vento?
Não
Luz que é luz há de ser reluz
Luz, Som?
Escuridão? Silêncio?
Escuridões?
Silêncios?
Eis o papel branco com o fundo escuro
Eis a antítese de ser e não ser.