Alquimia do Fogo 9
Esquisitices das piores, pensou; se contar não acreditarão que provoquei em mim a queima dos desagrados, depois brotaram com total força em meio às cinzas, e daí, depois da visita “ilustre” do Sr. Perdão, veio este metido a mexer com coisa séria comigo como professor no jardim de infância que no afã de iniciar à alfabetização crianças, insere didática e metodologia voltadas para o lúdico.
Não é que pelo menos mudou um pouco de lugar eu mesma! Confessou. Desalojou--me das mesmices que alfinetam ha tempo minha incompetência para amar neste agora que o “sem graça” disse a pouco, não tinha nada a perder mesmo! Ganhei um novo canto aqui dentro, mesmo que seja em frente ao portão da casa dos que foram.
Ficou não mais que a explosão do desconforto que a vontade trás quando a inércia quer buscar abrigo. Se nem o “H2O” e muito menos o “CO2” fica livre da impermanência, autogerando-se incessantemente, a moça não ficaria de fora, até o reclamar oxida, pegou o costume do palhaço, saiu.
A autopunição, se trouxesse as razões para fora e assim desse à vitimada a clareza dos motivos, aí sim facilitaria as soluções. Percebeu que quando vivia os sentimentos inferiores no êxtase do momento encontrava somente o gosto do fel das suas reações daninhas, eram tantos os motivos que passava dar “tiro no escuro”.
Descobriu como estas inusitadas experiências trouxem aos olhos do entendimento sua incapacidade para amar, seja a si própria ou outros, oras, se somente com o palhaço que conheceu a delícia do gosto de ouvir o próprio riso. Era carregadora de corpo, tão somente!
Tinha desistido o contato natural com o “nascedouro” que cintilava do centro do seu coração, desnecessariamente desceu e subiu escadas para tentar alcançá-lo, e nada, passou ser adepta da indiferença, viveu alienada dentro como ostra. Mas obteve relance da aceitação da alma ser tratada pelo riso, via que do arcabouço luminoso, fonte inesgotável de bem querer que irradia força, vida, e amor, autoriza renunciar às respostas que envolvem carência do afeto, do tato, do trato.
Como ficou melhor tratável o instante, como diz uma sábia contemporânea, caixinha de surpresa continuará sendo, mas!!!! Como é bom ter acesa ao fogo brando a chama no coração. Sorrir, perdoar... amar.