Alquimia do Fogo 7

Má sorte é pouco, foi colossal o resultado na altura da inteligência da conclusão da anamnese feita de “si para si”, veio o “deixa disso” e deu o cheque mate da situação. O palhaço fez foi apertar o botão de ignição no interior da peregrina, o do “insight” de que não dará conta tentar esmiuçar o salafrário jogo da qual participou, que o caminho da vontade pura tão somente não é suficiente para maturar as instâncias superiores da alma nas andanças pela vida.

Pelo caminho da mão dupla, linha de frente da vida é que poderá ter condições de lidar com a natureza dos grilhões que a mente criou, aí sim terá a chance de poder abrir mão do apego aos “bichinhos de estimação”, pedra angular da ótica que acompanhou suas escolhas, e por conseguinte, sinalizar os sentimentos em seu interior.

O estar passou fluir naturalmente quando perambulou com o novo amigo entre gargalhadas e outras, foi aprendiz doravante, passou observar a ótica daquele idiota domesticado por si próprio, passou perceber que ELE adestrou a vontade e de tanto realizar no patamar do “eu QUERO, POSSO dar um jeito nisto”, fez foi plantar em terra seca e colher frutos para si de bem aventurança.

Ouvir o próprio riso e contentar-se... o primeiro sinal, foi tão prazeroso que milagrosamente sentiu o calor da vontade pura sair naturalmente do coração, sem interferência da vontade, percorreu junto à corrente sanguínea. A luminosidade do estado de felicidade passou ser revelada numa conotação expandida, de bem querência, sentia que acarinhava a própria alma, dava a ela a oportunidade de respirar na brincadeira do momento.

Que nada! buscar o ideal da libertação ficou na roda que festejava lááááá trás, queria aprender com o palhaço a manha, a que ninguém fala quando descobre o jeitinho do “ser feliz ao seu modo”. Quando fitava-o na tentativa de inquiri-lo, buscar o furinho que levasse ao extravasar da ira, do ódio, da raiva...o palhaço nem aí estava, olhava na novata como quem tinha adotado o olhar da criança. Pulava de uma brincadeira para outra.

O engraçadinho, nas estripulias, sem a conduzida perceber levou-a até a porta do cemitério. E parou.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 18/06/2016
Reeditado em 08/10/2016
Código do texto: T5671350
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