Há textos que são apenas isso, textos.
Sem sentimentos de amor, - o Amor, que nos faz ficar deitados na relva por horas apenas de mão dada, olhando as nuvens passar, formando imagens no ar, entre risos e gargalhadas, entre beijos e mãos entrelaçadas, sentido o cheiro das flores, olhando as cores, do céu, do mar, apenas no teu olhar.
Há textos que são apenas isso, textos.
Sem a sexualidade e sensualidade das palavras, sem viajar na imaginação, sem humedecimentos dos lábios, sem curvas, roupas caídas e despidas, sem o calor da pele, sem os sussurros nos ouvidos, sem os baixinhos gemidos, sem o louco movimentos dos dedos, sem movimento, sem o cheiro dos cabelos, sem o pesos dos corpos, sem beijos ou desejos.
Há textos que são apenas isso, textos.
Sem reflecções sociais, sem a miséria dos indigentes, pensamentos inteligentes, sem a educação dos menores, ou até professores, sem mães ou pais, sem menos ou mais, sem pobreza ou riqueza, sem políticas sociais, sem eleições ou contradições, sem futebol ou desportos, pés direitos ou tortos.
Há textos que são apenas isso, textos.
Sem falar de matrimónios, sem muitos harmónios, sem solidão, sem muita paixão, sem diretas, ou indiretamente falando, sem jardim, sem princípio meio ou fim, sem descrições exaustivas, sem metáforas ou alegorias…
Há textos que são apenas isso, textos.
-pela vontade que me devora, de o escrever, todo agora, sem que nada tenha ainda a escrever, pela falta de querer!
Há textos que são apenas isso, textos.