Melancolia

É notável seu desvelo naquele amor torrencial, e ninguém ousa negar a tristeza que lhe lambe a alma, pesa nos ombros e causa lancinante dor. Mesmo que não resmungue suas lástimas, ela leva o coração ferido por uma ausência forçada.

À noite chora em silêncio e, pela manhã, um sorriso resplandece em seus lábios, mas seus olhos não brilham. Poucos sabem de sua máscara e talvez ninguém perceba a profundidade de seus olhos ou a complexidade duma alma tão pura e tão humana.

Melancólica, ela observa o sol se pôr, na esperança de que falta menos um dia para o regresso de sua felicidade.

Gabriela Gomes Bastos
Enviado por Gabriela Gomes Bastos em 14/06/2016
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