Amargo
Não importa quanta Coca Cola eu beba
Quantos Marlboro eu fume
Quanto Listerine eu use
Esse amargo não sai da minha boca
O Senhor da bonança manda a chuva
E eu morro sem nascer
De manhã tomo meu café
Passo meu batom
Visto minhas melhores emoções
Pra esperança me esmagar das 8 às 5
Nós dois sabemos
Que o talento está destinado ao fracasso
Os dias passam, a gente (sobre)vive
Eu querendo conhecimento
Você tendo reconhecimento
Dizendo que tudo é um milagre banal
Sem saber
Que és excepcionalmente normal
Eu falo, mas é só você quem diz
Eu só consigo ser contente, você é feliz (?)
E vive me dando amor, dinheiro
Essas coisas desnecessárias
Que eu já estou farto de ter
Numa discussão só vence quem perde
E eu já cansei de ganhar pra você...