A Lua...
Que não é minha
E é tão sua, e pode ser nossa
Se mostra tão nua
A lua que brilha incomodando o poeta
Que flerta a olhando da fria e solitária rua
O pão que mataria a fome, ainda cresce
Expondo diante dos olhos, massa crua
A vida, toda incerta
Avisa que é preciso mudar
Um chamado, assume que é sua...
E a poesia desaguou
Palavras que caíram frias
Na manhã azul de outono.