Fuga
Veio embora
Arrumou as coisas rapidamente
E veio.
Fugiu dos olhares não amorosos
Dos silêncios insustentáveis que seguiam os desentendimentos
Fugiu do peso das maledicências
Das picuinhas
Das rupturas
Antes que se cristalizassem e se tornassem ausência e estranhamento
Abandonou o irregular
Largou um palco de atuações maldosas
Antes que a tristeza assumisse para sempre todo o seu ser
Deixou as situações de rejeição e de extremo conflito
Mais de uma vez
E mais outra
Sem vendavais
Sem fúrias
Porque simplesmente não sabe sobreviver nessas atmosferas “humanas”.
Fugiu.