PORTA FECHADA
Me vesti de ontem e cheguei à tua casa; no silêncio doído da saudade guardada.
Minhas mãos cheias de espaços vazios, seguraram as grades do teu portão tão frio.
Desabrocharam dos meus olhos pétalas frescas que perfumaram a tarde.
Minhas lembranças se adornaram de jasmim encharcadas de ternura.
E o meu choro desafiou o dia...desafiou o tempo e escreveu versos.
Varreu dos meus olhos , as estrelas; e desaguou sobre o sol da minha alma.
Desnudou o tempo na busca decepcionante do teu riso, da tua voz ainda fresca, mas já, não mais livre lá dentro.
Briguei com todas as palavras...me tornei soluço!
Porta que foi aberta ao mundo...hoje fechada!