O AMOR E AS ESTAÇÕES

Na primavera aprendi que o amor era uma flor delicada que nascia no coração e para desabrochar precisava de cuidados e atenção.

No calor do verão, Camões me fez acreditar, que “o amor é um fogo que arde sem se ver e dor que desatina sem doer.”

O outono me fez compreender, que o amor era apenas uma ilusão, uma projeção mental dos contos de fada, sem fundamento real.

Por fim o inverno trouxe-me a certeza, a conclusão de tantas conjecturas e premissas:

O amor é uma erva daninha,

que nasce sem ser plantada,

não escolhe terreno fértil,

nem precisa ser cultivada

e quanto mais a arrancamos,

mais floresce a indesejada.

Fátima Almeida

06/06/16

Belíssima interação do Mestre Jacó Filho,

enriquecendo a nossa página.

NA PRIMAVERA

Energias de folhas caídas no outono,

Vitalizam o pólen e fertilizam flores...

A natureza se veste de todas as cores,

E o amor desperta de seu breve sono...

A vida se renova, e até pedra suspira...

A magia ganha luz e nada fica isento,

Átomo e células atingidos por dentro,

Exalam cheiro que a paixão conspira...

Memórias instintivas tomam o poder,

Em prol de espécies e do eco sistema,

Comandam migrações tal a piracema...

O homem observa tentando aprender,

Segredos gerais, equações e esquema...

Esquecendo sua parte no estratagema...

Jacó Filho

Obrigada poeta!

Fátima Almeida
Enviado por Fátima Almeida em 06/06/2016
Reeditado em 07/06/2016
Código do texto: T5658940
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