Instante

O pensamento deságua no solo trêmulo das mãos. No papel, palavras secas navegam, criam asas e redesenham um horizonte distante dos planos da realidade... Sobrevivem as obscuridades numa confissão metafórica, teimam em apagar a chama de uma emoção fadada ao abandono. Mais uma alegoria entrega a paixão dos vícios, o recato das ilusões, a indiferença dos ausentes... Um verso desenha o arrepio e finaliza o poema com a leitura cicatrizada no corpo.

As mãos se rendem ao céu possível das fantasias e projetam no infinito a grandeza de um vôo.

Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 04/10/2005
Código do texto: T56576