NO RITO DA BRUXARIA.
No rito da bruxaria tu exageraste na dose,
Te quero todos os dias não me importa à hora,
Mas tua maldade é dobrada e só me vens de madrugada,
Quando já estou dormindo, sonho no coito contigo,
E encho os meus testículos do que seria o meu gozo,
Mas eu acordo assustado com minhas roupas molhadas
E começo tudo de novo.
A quatro mãos foram feitas esta vida em andamento,
Que concebida por Deus nos trarão lindos momentos,
Com o adendo desta flor nós demonstramos o amor,
Que sentemos por este elemento, que logo mais vai eclodir,
E deste ventre sair experimentando a luz do mundo,
Tendo a fonte de alimento em teus seios farturentos,
Há de crescer com saúde, seja o que Deus quiser,
Futuro homem ou mulher mais uma luz no firmamento.
Tu já fostes pedra bruta desprovida de valores,
Mas depois de lapidada ganhastes novos contornos,
E hoje muitos te amam te ofertam até subornos,
Causas cobiças constantes ó meu lindo diamante,
O mundo já consagrou-te.
Tens um colo desenhado pelo arquiteto do mundo,
Num trabalho caprichado de esmero nítido e profundo,
Com estas sutis gargantilhas vejo em ti uma maravilha
Das mais completas e fecundas.
Te trancastes em um mundo sem deter o conhecimento,
De como tens que fazeres para ter o merecimento,
Pra retornar ao senhor reparando as tuas dores,
Desfazendo teus lamentos, e então a coisa piora,
Mas jogastes a chave fora, não terás outra conduta,
Te entregues à piedade te esqueças da humanidade,
Te faças santa e impoluta.
LUSO POEMAS 04/06/16