sou um zumbi
UM ZUMBI o vivo morto ou o morto vivo (versos inacabados)
Sou como um zumbi, que vago por este mundo,
Rasgando o véu de todos os segredos,
Dos mistérios mais simples aos mais profundos,
Sem titubear e sem trazer no peito os medos,
Do que pode me advir com estes mistérios,
E dos segredos o desvendamentos,
Que existe por trás da vida e dos cemitérios
Deixo-me levar por meus pensamentos.
A vagar por este mundo a esmo,
Numa nave sem rumo e desgovernada,
Capaz de transportar a mim mesmo,
De maneira desastrosa, sem temer a nada.
Como um zumbi, navego por entre as brumas,
E estalactites nas profundezas das cavernas,
Sem assombro e sem trazer no peito nenhuma,
Esperanças de encontrar alguma coisa eterna.
Vago neste caos de uma imensidão de mundo,
Aprofundando-me mais em cada mistério,
Que nem por um milésimo de segundo,
Consigo desvendá-lo ou achar o que quero.
Vago desnorteado a mercê da sorte,
De um dia encontrar alguém que diga,
Estás desvendando o mistério da morte,
Ou pelo menos o da existência, da vida..
Ai meus pensamentos deixassem de vagar as escuras
A procura de desvendar tantos mistérios,
Que me escravizam , me prendem e me tortura]
Então passaria a viver normalmente,
Neste mundo de cão da desigualdade,
a ser entre todos mais um simplesmente,
Dentro da mentira, oculto da verdade.
Eu vivo como um morto vivo
Ou eu sou um vivo morto,
A mim pouco importa ou nada importa,
Tanto faz ta vivo como morto,
Não há nenhuma diferencia,
Que importa a minha cresça,
Se perdi minha identidade,
E se não sei na verdade ,
Quem sou, talvez um zumbi,
Vagando por este mundo a esmo,
Ou uma pobre alma penada,
A procura de um corpo para descansar,
Ou um corpo sem alma para habitar,
Não é fácil, neste mundo atroz,
Vivendo com meus algozes,
Talvez eu mesmo seja um fantasma,
Que vive atormentando a mim mesmo.
Que vaga por este mundo a esmo,
Por isso não sei quem sou,
Se vivo morto ou morto vivo,
Um corpo que já descansou.
JOÃO PESSOA-PB, 07/12/2014
Francisco Solange Fonseca