Peregrina

Uma menina presa num corpo de mulher. Ou seria o contrário?

Lágrimas de doçura e sorrisos de amargura, um semblante singular. Olhos que brilham confusos com os pensamentos difusos. Vivendo o abstrato, sonhando concreto, aspirando o afeto ao caminhar no deserto.

O sorriso é seu mantra, tantas vezes o repete, que crê ser feliz apenas com a própria companhia.

Assim como a lua, faz da noite seu reinado. Brilha, ilumina, dança por entre as nuvens. Mas lhe basta uma brisa para minguar. A peregrina se vê perdida entre o real e o faz de conta.

Afinal, o que é real?

Ela então vaga acompanhada da imaginação, buscando o futuro em cada passo, na fronteira entre razão e emoção.

Gabriela Gomes Bastos
Enviado por Gabriela Gomes Bastos em 27/05/2016
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