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O tudo indagou ao Nada como ele se sentia em relação ao não ter, a não ser nada diante do tudo. O nada não deu resposta, estava muito bem dentro do seu vazio, o tudo continuava a segui-lo, o tempo todo insistindo na pergunta, queria saber com toda curiosidade como o nada se sentia. Seguiram lado a lado, o nada e o tudo. Bem mais adiante uma ribanceira ardia ao sol, as folhas passavam com o vento deixando os olhos deles cheios de areia devido a sequidão do que um dia foi um rio imenso transbordando vida. Agora estava seco. Cansados eles se sentaram à sombra de um paredão que fazia parte do caminho, esperariam o sol baixar para seguirem viagem.
O olhar do nada era paciente em demasia, fitava atenciosamente o tudo, que foi se animando porque achava que agora a resposta viria... Foi quando o nada disse; -Vem uma tempestade daqui a pouco, tudo vai desabar, o nada vai transbordar, água, fartura, nada mais faltará, vou brincar, descer rio acima rio abaixo, veja já começou a tempestade. Tudo muda o tempo todo.