Mosaicos
 
Sei que vivo em voz alta, como disse o poeta. Por isso recolho lascas de silêncio caídas ao longo de minhas trilhas. Tenho margens e margens de lagos em mim... esperando meus cais e o navegar quieto de minhas xícaras de canyons profundos. Os mosaicos de meus mergulhos na luz que me é dada no abrir do coração, levam a assinatura dos meus pra dentro. Neste abrir do coração muita coisa ainda preciso mudar, porque talvez (talvez), como a flor, ainda me deixe levar na água do rio pelo vento que, soberano, sopra onde quer...