do outono
deixar o desejo se debater como um peixe rasgando a boca de anzol mordiscando a isca às escuras dumas águas turvas em noite alta.
o mar adentro da baía da guanabara sendo porto de estrelas saciando a loucura tirando a camisa de força.
o penhasco num corcel azul e terracota , seu orvalho incandescendo vapor e doçura.
rios deslizando montanhas na enseada aportando o cais d e lobos, construídos no alto da colina, mordendo luas.
cicatriz como um cravo-da-índia infindável...tudo escorria em versos do m_olhar azul na terra que ardia em fogo sorriso e pranto, a um só tempo. carneiro e minotauro. flor e olfato. os sentidos eram ainda mais a escuta. vê só a orelha brotando avencas e o olhar era nascente de brilho luz e cores dentro da noite cardíaca radioativa cheia de símbolos e sopros fluídos. pata e pêndulo em meu silencioso torso. tudo era mais que cristal abrasivo na noite decantada. a rosa floresce como uma flor no pulmão . a flor se abrindo em fogo. e línguas feito enguias mergulhando no desaparecimento do nome vivo.