Doces elementos
Porque a carta parece que fica mais carta,
Quando a caneta desenha a letra,
E o papel antes um lugar vazio e amarelado,
Torna um desenho,
Um grafado...
Porque escrever pede um sorver,
Que sorvendo o forte, libera a ideia,
E cada gole que é degustado,
Que desce acalorado,
Faz a palavra singrar o rio das ideias,
Navega o pensar...
Que desemboca,
Salta da mente, ou do coração?
Isso nem vai
importar,
A não ser o verso,
O dito, transcrito,
E a esperança de chegar,
Bem onde a voz custa a falar,
Emoção a dominar,
“... se o amor, esse sentir tão desavisado, vier e fincar sua âncora, vale a pena esperar. Veio sem razão, mas tem mil delas para ficar...”