UM OLHAR AO ESPELHO
Em duas fontes fráguas, que ao longe espiam
A um bem mirado vítreo, em uma jornada imanente
Saltam vertentes laivos , que à luz rociam
Em duas conchas pensas de um mar sereno , velas em trilhas a bordejar docemente.
Transcrevem ecos, ais, deixam sinais , por restelo de viagem
Qual silfos loucos bailando em asas trêmulas, canções vividas em extremo na passagem.
Das muitas eras, um olhar que trina para estar presente
E qu'ora cerro às sete clavas fortes do meu coração sorvente
Por sumo acuro , por ser só meu!
Por gala posse , por que é só minha!
Por vítrea imagem , perfulge a minha sina!