Observei os artistas criando às suas magníficas esculturas na areia... Quanto esmero e paciência! A precisão e riquezas de detalhes abundavam, em cada obra. Impossível escolher a mais perfeita... Todas possuíam peculiaridades pertinentes ao que os seus criadores se propuseram.
A riqueza de detalhes, bem à vista, em cada obra, deixou-me extasiada... Pensar que àquelas maravilhosas obras permaneceriam, apenas, por brevíssimo tempo! As ondas do mar agitado chegariam, sem aviso... A total destruição era iminente. Cada escultor sabia, que estava oferecendo o seu melhor, em sacrifício.
          Qual a razão, e propósito de tal construção, diante da iminência   de perdê-la, após o seu glorioso término?
           Cada um deles ajoelhou-se na areia e esvaziou-se do seu melhor... Deu forma e materializou o que, antes ocultava em si... Terminada à obra... momento de conhecer uma pequena partícula de si... Restou-lhes a satisfação da criação. Graças aos recursos tecnológicos... o registro e perpetuação de suas obras magníficas.
           Não demorou e chegaram as ondas que não admitiram a concorrência de suas magnitudes e beleza... Os escultores de areia assistiram o desfazer de suas obras, entre gritos eufóricos e sorrisos, cumplicidade com o inevitável.
 

 
EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 15/05/2016
Reeditado em 20/06/2018
Código do texto: T5636026
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.