Minha humilde residência
Moro perto da serra
Onde cuido da lavoura
Planto milho e arroz
Sou criador de gado
Tenho 14 cabeças
Meu transporte é um burro novo
Que carrega uma cangalha
Corto lenha e faço fogo
Tiro o leite da vaca Milonguêta
Sento no chão para plantar sementes
Vou aguardar a colheita
Na minha casa tem um curió cantador
Um cachorro vira-lata
Chamo meu papagaio de posudo
Troco com ele algumas ideias
Ele fica muito arretado
Quando sente a presença da gata a quem chamo de Milonga
Ponho a corda no carretel
Para puxar água com balde
Do poço que fica no quintal
Os animais são meus amigos bem próximos
Converso com galo carijó
Ele flerta todas as galinhas
É um grande reprodutor
De baixo do pé de araçá
Tem um pequeno tamborete
Onde me sento para meditar
E tocar meu clarinete
Escolho algumas canções
De músicos conhecidos desse Brasil de meu Deus
Moro numa casinha de taipa
Coberta com palhas de ouricurizeiro
O chão é de solo batido
Bebo água apurada em um pote de barro
Tenho também uma bilha
Uso caneco de porcelana
Cultivo tabaco de corda
Planto malva e alfavaca
Amolo o cutelo na pedra brilhosa
Tomo conhaque de alcatrão
Sou camponês e sitiante
Possuo 5 porcos na engorda
Não nego meu natural
Falo muito sem ser falante
Sou companheiro da manhã
Passeio durante a tarde
De noite vou descansar
Acordo junto a meus parceirinhos
Todos da minha estima
Somos vizinhos de campo
Falamos cada um o nosso dialeto
Desde que seja apenas um uivo
Gosto de estar com eles
Tudo é normal
Somos todos abençoados
Posso afirmar com veemência
Uso minha inteligência
Não tenho arrependimento
Protejo o mundo animal.
Moro perto da serra
Onde cuido da lavoura
Planto milho e arroz
Sou criador de gado
Tenho 14 cabeças
Meu transporte é um burro novo
Que carrega uma cangalha
Corto lenha e faço fogo
Tiro o leite da vaca Milonguêta
Sento no chão para plantar sementes
Vou aguardar a colheita
Na minha casa tem um curió cantador
Um cachorro vira-lata
Chamo meu papagaio de posudo
Troco com ele algumas ideias
Ele fica muito arretado
Quando sente a presença da gata a quem chamo de Milonga
Ponho a corda no carretel
Para puxar água com balde
Do poço que fica no quintal
Os animais são meus amigos bem próximos
Converso com galo carijó
Ele flerta todas as galinhas
É um grande reprodutor
De baixo do pé de araçá
Tem um pequeno tamborete
Onde me sento para meditar
E tocar meu clarinete
Escolho algumas canções
De músicos conhecidos desse Brasil de meu Deus
Moro numa casinha de taipa
Coberta com palhas de ouricurizeiro
O chão é de solo batido
Bebo água apurada em um pote de barro
Tenho também uma bilha
Uso caneco de porcelana
Cultivo tabaco de corda
Planto malva e alfavaca
Amolo o cutelo na pedra brilhosa
Tomo conhaque de alcatrão
Sou camponês e sitiante
Possuo 5 porcos na engorda
Não nego meu natural
Falo muito sem ser falante
Sou companheiro da manhã
Passeio durante a tarde
De noite vou descansar
Acordo junto a meus parceirinhos
Todos da minha estima
Somos vizinhos de campo
Falamos cada um o nosso dialeto
Desde que seja apenas um uivo
Gosto de estar com eles
Tudo é normal
Somos todos abençoados
Posso afirmar com veemência
Uso minha inteligência
Não tenho arrependimento
Protejo o mundo animal.