A última perspectiva!
Pelo simples acaso de havermos nascido
sem termos escolhido,
somos prisioneiros de uma vida insana!
Somos vítimas e cúmplices
arrastados pelo caos
da incrível tragédia humana.
Sonhamos sublimes amores,
odiamos em guerras e dores.
Algemados na mesma moradia,
gozamos de pobres alegrias.
No fim...
de mãos vazias,
voltamos ao pó!
Sem nada.
Presos a ilusão,
sempre atados ao laço
dessa imensa prisão,
que voa pelo espaço.
Assumimos a existência,
numa lágrima,
num verso,
numa lágrima.
Pelo simples acaso
de termos nascido num canto perdido,
num país esquecido,
desse infinito universo.