TU VENS DOS TEMPOS DE EVA.

No vento que me soprava reverberava o teu perfume,

Que aos poucos me afetavam as lembranças e costumes,

Dos tempos em que namoramos e quantas noites passamos,

Contidos num mesmo quarto o nosso amor era farto,

Pois nos sobravam desejos no ensejo dos nossos beijos.

Nos alongávamos em caricias tu me apalpavas todinho,

Mais tinha um lugarzinho onde tu te demoravas,

E quanto mais massageavas mais a coisa ia crescendo,

E como que encantada tua boca estampava,

O mais lindo dos sorrisos, dizias em meus ouvidos,

Como tu és atrevido ó meu sonho de consumo.

De ti hei de tirar o sumo que toda fêmea deseja,

Saborear completo, como o liquido predileto,

Que jorras do teu prazer, assim matarás minha sede,

Deitados na mesma rede balançando os mesmos gostos,

Me faça a tua mulher te darei o que quiseres,

Contigo nada é suposto, teu gosto tem adrenalina,

O teu falo me fascina não posso mais me queixar,

O meu corpo é o teu banquete banhastes com sabonete,

Perfumado de baunilha andastes pelo meu corpo,

Mais demonstrastes mais gosto justo por minhas virilhas,

A minha flor é só tua dentro de casa ou nas ruas,

Vamos unir nossas vidas.

Tu vens dos tempos de Eva, mas continuas venenosa,

Nem mesmo em versos e prosas podemos nos descuidarmos,

Pois beber da tua saliva nos faz ficar a deriva,

Sem poder nem respirar, purgastes a humanidade,

Com teu conceito de consumo quando dissestes para Eva,

Se queres conservar a pele abocanha esta maçã,

E ainda atordoada ela topou a parada e mordeu com devoção,

Mas como se fosse pouco também implementou seu jogo,

Na consciência de Adão, que depois de resistir,

Resolveu contribuir para o avanço da ciência,

Disse se é bom pra pele que Deus aqui nos conserve,

Juntos com esta serpente, dali pra frente o fracasso,

Selaram nossas desgraças este casal de delinquentes.

LUSO POEMAS 26/04/16