Parem com a música!
Dias brancos nos sorrisos trancados a busca do amor... O coração bate na ânsia dele, daquele amor que ninguém da face da terra sabia onde estava, mas que o futuro o revelara. Antes a vida era calma, tocada no chão colorido (branco no preto). Depois dele, o solo foi esquecido, o céu passou a existir, mas eis que as belas nuvens não se parecem tanto com algodão doce. Nessa busca e chegada ao Amor, a pobre verdade se foi com ele.
Carente pobreza, perdeu-se tanto, mais tanto, um milhão de tantas vezes.Uma bucólica flor foi perdida na escuridão daquele grito chamativo e alucinante da paixão.O jardim se sente cada vez mais solitário, foi traído por ele (Ah, maldito amor!). Sem sol, sem luz, sem sua essência... O ar respira escuro.
De longe só vemos, a sombra ofuscada daquela pureza retirada de seu jardim, destemida comprou a passagem para a incerteza. E assim foi castigada pelo sol, que cansado de sua insensata coragem, não quis mais clarear seus dias.
Parem com a música! Pois a linda rosa, já desbotada foi vitima de uma extorsão... (que roubo mais cruel!) Desentregou-se a si mesma nesta estrada, distante, e longe de seu jardim. No percurso do sequestro esqueceu-se de que era uma flor.
E todas as flores, são FLORES!
Como resgatar essa flor que aos nossos olhos estão murchando?
As sirenes tocam, a vontade de ver a essência da flor é maior que tudo
Ela vive, existe, mas o céu, não a ver mais.
Nada mais se reproduz,
Em meio à ausência de sua própria luz.
Parem com a música!
O fundo negro destas letras dispensam qualquer som.
O grito da sirene invadiu os ingênuos ouvidos e anunciam:
Uma flor morre, na rua do cotidiano,
Enterrada em cada oceano.