Meu Jequitibá
Tão alta as tuas lindas copas
Onde fazem muitos ninhos
Esses pequenos passarinhos
E os meus olhos voam
Nas asas dos pardaizinhos.
Gigante de perto, soberano
Ele era maior que minha mãe
Espesso o tronco, brincadeiras
Esplendoroso e visionário
E os meus olhos sonham.
Muito Incrível é a tua beleza
Era firme e forte, eu simples
Na extensão de teu domínio
Os meus olhos se desnortevam.
Vivo e imponente, eu pequeno.
Diante de teu tamanho, penso
Só me restou miragens, saudades
Teus anos não me cabem, passado
Em minha mente, um suspense
Quantos anos temos? Não sei.
Os verões se foram... você ficou.
Tuas chuvas nas manhãs, perfeições
Elas sempre serão maiores
Que todas as minhas histórias.
As crianças te abraçaram... E eu também.
Quantos jovens sobre tuas sombras,
Fizeram suas juras de amor?
Mas eu não pude... não sabia.
Tuas raízes e galhos são extensos
E em nós levaste para longe tuas lembranças.
Teus ramos chegam até aqui e
Tuas sombras sombram em mim.