Desolado

Na sequidão escaldante

Desse deserto de aflição

Parece impossível ir adiante

Mal posso firmar os pés no chão

Na alma a dor sufocante

De num grito alcançar solução

E voltar no tempo de repente

Fazer quase tudo diferente

Mas a verdade cruel que alucina

Impiedosa pune e não ensina

O segredo para suportar essa dor

Perder o medo do mal do terror

O coração desmaia desesperado

Com a falta do sorriso apagado

Pela fúria do mal sofrido

O pranto flui num gemer incontido

Percebendo a vida que passa

E se dissipa como fumaça

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 13/04/2016
Código do texto: T5604072
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