Desolado
Na sequidão escaldante
Desse deserto de aflição
Parece impossível ir adiante
Mal posso firmar os pés no chão
Na alma a dor sufocante
De num grito alcançar solução
E voltar no tempo de repente
Fazer quase tudo diferente
Mas a verdade cruel que alucina
Impiedosa pune e não ensina
O segredo para suportar essa dor
Perder o medo do mal do terror
O coração desmaia desesperado
Com a falta do sorriso apagado
Pela fúria do mal sofrido
O pranto flui num gemer incontido
Percebendo a vida que passa
E se dissipa como fumaça