Planeta consciência
Tempo de reflexão
Um dia que começa com ares de preguiça, tons de nostalgia e movimentos lentos. Parece ter parado o tempo, não fossem os sons de alguns poucos carros a circular, diria que o mundo estacionou para nos observar. O traje de gala é o pijama, ou aquela roupa surrada mas confortável, acompanhada da velha pantufa, ou do já tão arrastado chinelo. Não ha vento, nem mesmo uma uma brisa para fazer movimentarem-se as nuvens.
Ao longe, maritacas quebram o silêncio em uma sinfonia frenetica, mas logo se vão, deixando um vazio no som. Acho que nem o galo cantou, perdeu a hora ou propositadamente deixou-a passar para não ver o mundo acordar. Dorme mundo, dorme sem parar, pois que enquanto você dorme, o mal não acontece, a velhice não entristece, a silidão não se arrefece e a criança se mantem pura e não cresce!
Dá tempo de refletir calmamente, sentir se vale a pena seguir em frente, se ainda é tempo de sonhar. Mas antes do mundo acordar!
Roda mundo, roda bem devagar, quem sabe se assim fazendo, Deus tem tempo de por tudo em seu devido lugar, arrumando a casa que o homem se pôs a bagunçar. Mas acho que só rodando ao contrário, fazendo voltar o tempo, o homem tomará tento, e fará tudo difetente, usando com amor, o que Ele nos deu de presente.
E ao despertar em um mundo justo, pleno em doçura e bondade, sem guerras e desigualdade, sem doenças e sem maldade, faça tudo despertar mais alegremente. Mas como não é possível, mudar ou voltar no tempo...
E assim caminha a humanidade, rumo ao calvário destinada, em que muitos deixam a FÉ de lado, tomando as rédias nas mão, conduzindo esse gigante, sem ter habilitação, subjugando seu criador e transformando viver em dor.
Destruído o mundo em que vive, não vendo mais solução, busca agora outro planeta para se refugiar, desviando assim o olhar, dos danos que causou ao planeta que aniquilou, em nome do poder, da soberba e ganância que desde cedo foi passada como herança, de geração para geração.
Pois que encontrem outro mundo e deem a ele o nome de
Nova Consciência!
(Fátima Ayache)