Podres poderes

Somos seres únicos, mas não vivemos sozinhos, somos a imagem e semelhança de Deus, mas isso não nos faz deuses, somos mortais e não devemos viver como se imortais fossemos.

Somos "indivíduos", cada um com suas crenças, desejos, ambições, necessidades, modos e caráter e vocações. Personalidades que podem não agradar a todos...mas por que achar que devemos agradar a todo mundo, se viver nem sempre é agradável?

Somos falíveis, sensíveis, irascíveis e por vezes custamos a aguentar a nós mesmos, porque somos intolerantes, arrogantes, oscilantes e até ignorantes.

Queremos conduzir mas não aceitamos ser conduzidos, criticados, afrontados e questionados, porque achamos que somos donos da verdade...Mas que verdade, a sua, a minha? Não nos basta ser humanos, queremos ser a humanidade na terra onde o que mais falta hoje em dia, é justamente a "humanidade", a lealdade, a fidelidade e a bondade!

Queremos deter o poder, mandar, fazer e desfazer, mas sem abrir mão da liberdade, da vaidade que não nos deixa ver nossa incapacidade de fazer escolha pelo bem comum, somos todos, mas queremos ser só um...um só.

Só ser, não é suficiente para nos fazer crescer, amadurecer e compreender que "ser" humano, vai além, muito além de simplesmente nascer. Enquanto a mediocridade for o critério de escolha para a condução das massas, a humanidade estará sempre a mercê do poder pelo poder, da ganância, da intolerância, do homem que exerce seus podres poderes, advogando sempre em causa própria para assim enriquecer.

Por essas palavras, por tudo o que penso e digo, sou imprópria, inadequada e desdenhada em minha parca inteligência, pois me falta o dom da servidão, da podridão, da ingratidão e me sobra o desejo da igualdade, fraternidade e compaixão, pois sou isso traduzida em palavras, ditadas pelo coração!

Prosa poética ou não, que ninguém duvide de minha arte de pintar ou escrever, pois eu sim, sou um ser humano disposto a evoluir e crescer.

O que vem de Deus não é desafio, é missão, e missão dada deve ser cumprida nessa vida curta que aqui vivemos, pois do pó viemos e ao reino do Pai retornaremos para prestar-lhe contas do que aqui fizemos.

Fátima Ayache ®

07/2016

Fátima Ayache
Enviado por Fátima Ayache em 11/04/2016
Reeditado em 06/12/2019
Código do texto: T5601861
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