O VOO DA BORBOLETA.
A Borboleta que passa
Transporta=me para um voo
Incomensurável...
E nos seus beijos e colóquios
Nas plantas dispersas ´pela sala,
Contemplo muito
E compreendo pouco
As relações da Vida.
Os fragmentos luminosos
Aspergidos pela lâmpada acesa
Embriaga-nos...
Atrai-nos...
E fazem vibrar cada elemento
Da composição celular.
E feito doidivanos,
Em rápidas carreiras,
Arremessa-se ela
E nós juntos.
Ofusca-se-nos a visão.
O correr sanguíneo acelera.
O Calor,
A Emoção,
E voltas doidas,
Inimagináveis !
E tantas
E tontos,
Em colossal desvario,
Aterrisamo-nos
Exaustos,
Exangues,
No carpet da sala de visita.
( Simples elocubrações numa gostosa noite de verão paulistano 13/2/91 )