O amor não escolhe.
Aí vem você e me escreve assim: obrigada por me amar quando não tinha mais nada pra amar em mim! E eu respondo com três figurinhas, uma de um coração partido, outra apaixonado e a última de um beijo, então me calei.
Calei na dualidade de um querer demais, que distante me chama e no de um amor demais, que dorme ao meu lado na presença do não.
Calado me dou conta que o amor não escolhe entre o longe e o perto, entre quem beija ou morde, entre o errado ou o certo.
O amor se molda, se costura, se restaura, se solda...
E eu que tinha tudo pra falar, calei.
Eu que tinha tudo pra partir, fiquei.
O amor não escolhe, acolhe!
Ele zomba do racional e ensina com maestria que na falta dele não há um que não seja metade e que na sua presença não tem metade que não se complete. Espero que teu amor não escolha, mas que apenas me acolha, porque o meu te acolheu tão bem e não quer se ver obrigado a partir.