"Vulcões adormecidos"

Escreva um livro, um poema, um verso simples. Despeje em linhas tudo o que em seu peito habita. Sei que em ti, há furacões contidos, terremotos e rachaduras, feridas que doem, ardem, e nunca se curam. Cicatrizes que marcam para sempre, como uma rasura que jamais será apagada. Há mares de superfícies calmas e profundezas turbulentas, deveras perigosas. Em ti, há vulcões adormecidos, que esperam, ansiosamente, o momento da explosão, erupção, faíscas e fogo. Há em ti, palavras, velozes e certeiras, tal como flechas cortando o ar. Atire-as.

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 07/04/2016
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