A Chama da Poesia
Eu o fiz!
Capturei teu aroma em minha caneta
E te transformei em poesia
Bem de leve, só uma manchinha
Só para ver como ficava
Eu o fiz, meio de mansinho, sem pedir licença
E fui gostando do resultado
Porque existe algo de poético em tua alma
Embora tu provavelmente não saibas
Perdido que estás em teus sonhos suaves
Talvez um dia eu te conte
Nem que seja para ver teu sorriso tímido outra vez
Ainda estou escondida atrás da porta
Pois não sou suave como teus sonhos
E não quero queimá-lo
Sei que a chama da poesia já lambeu as pontas dos teus dedos
Trazendo um calor que antes não conhecias
O que eu não sei, o que perturba minha alma
É se eu posso abrir a porta
E permitir que a temperatura continue a aumentar
O que eu não sei, o que gostaria de testar
É se minha inspiração pode tocar-te
E te mergulhar fundo em poesia
O que eu não sei, quando minha confusão toca tua suavidade
É se eu posso colocar algum sentimento de verdade nisso
E deixar que floresça em novos versos
Não vou te perguntar ainda
Não quero assustar teu sorriso tímido para longe
Vou te observar dum canto
Enquanto brincas com a chama da poesia
E um dia, sem querer, talvez percebas
Que foste feito para os (meus) versos