Abandono

Seu abandono foi cruel e poético

Um tanto trágico e ufanista

Sobre o monturo dos restos

Das desilusões e dos sonhos

Dos desejos e consumos.

A madrugada, coitada, era tola por demais

Não sabia se serenava ou chuviscava.

Perdida estava nas correntes de Cronos

Que a enganava com suas próprias histórias.

Um som ecoou longo ao longe

Era o prelúdio de uma nova era

Despertando de sonos e sonhos

A criança que reinava a força

Sobre o reino da solidão e tristeza

Pobre criança acometida de desprezos

O diorama de seus pais era um caos obsceno

Mas Kairos interveio mudando o seu presente

E lhe concedendo outro inefável futuro.

Hugo Deff
Enviado por Hugo Deff em 03/04/2016
Reeditado em 22/04/2016
Código do texto: T5594201
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.