O AMAR É UMA BACTÉRIA
"O hábito é uma grande surdina". Samuel Beckett.
Pode ser que o "after day" se constitua num desastre e/ou nada reste, a não ser a dor da ausência do corpo sobre o corpo. Porém, acreditava que se pudesse ganhar em serenidade. No entanto, parece que a vida não perdoa os serenos de coração. Viver é ser capaz de ser um flete, veloz que nem o vento ou lento que nem uma lesma, mesmo quando se derrama sal sobre o inofensivo bichinho. Não há surpresa nenhuma ao dobrar a esquina. Ela já estava ali, nós é que somos passantes apressados. Para os inquietos e desavisados, em si e por si, a vida é uma cilada silenciosa. O amar é uma bactéria que desde a pele, come aos pouquinhos...
– Do livro POESIA DE ALCOVA, 2015/16.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/5593664