Adeus
Ele: quando acabou o teu interesse por mim?
Ela: na verdade eu tinha interesse até perceber que quase nada em mim te agradava; meu jeito te incomodava, minhas falas, meu riso que ecoava quando eu estava muito feliz, isso não te interessava, aliás nunca interessou. O que escrevo também não tem valor.
Ele cabisbaixo diz:: eu te quis pra mim, na verdade, só pra mim e não entendeste isso. Eu vivi pra ti, agora morri. Não sei viver sem esse amor.
Ela: chama isso de amor? Como pode ser amor? Eu confesso não entender. Eu pensava que amar era libertar, não aprisionar.
Ele: eu te aprisionei? Como? Tudo que fiz foi por te amar! protegi, cuidei...
Ela: você se protegeu, e eu também cuidei. Estamos quites. Você cobrou e eu paguei. Agora 'a roupa' não me cabe mais, cresci.
Ele: Não podes me deixar! Dediquei toda minha vida a ti, como podes ser tão ingrata?!
Ela: se eu ficar abrirei mão de mim. Deixo de viver...
Ele: então preferes que eu morra?! Devias ficar!
Ela: não tenho mais argumentos. Me sinto vencida. Desvairada... Estou indo embora.
1/04/2016 sexta-feira 23:45